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quarta-feira, 20 de abril de 2011

ANÁLISE-China usa investimentos para tranquilizar Brasil


Por Raymond Colitt
BRASÍLIA (Reuters) - A China recolocou suas relações com o Brasil nos trilhos ao prometer à presidente Dilma Rousseff bilhões de dólares em investimentos, o que não só comprova o poderio econômico do gigante asiático como também atenua, ao menos por enquanto, as preocupações brasileiras com desequilíbrios comerciais.
A enxurrada de acordos comerciais realizada durante a visita de Dilma contrasta fortemente com o que se viu no mês passado durante a visita ao Brasil do presidente dos EUA, Barack Obama, que ofereceu muitos elogios à ascensão econômica brasileira, mas poucas ofertas concretas.
Dilma embarcou para a China sob queixas de industriais brasileiros contra a dificuldade de concorrer com a importação de produtos chineses baratos.
Tais reclamações têm sido muito mais ouvidas pelo governo desde a posse de Dilma, em janeiro, já que ela parece buscar uma relação mais equilibrada com a China --país que hoje é o maior parceiro comercial do Brasil, além de ser um tradicional cliente dos produtos agrícolas e de mineração do país.
Questões espinhosas relativas a câmbio e comércio foram praticamente deixadas de lado durante a visita de Dilma a Pequim, e devem continuar assombrando as relações bilaterais. No entanto, as autoridades brasileiras dizem que a presidente conseguiu promover o seu maior objetivo, que era diversificar as relações comerciais e de investimentos, levando-as além dos setores de matérias-primas, e atingindo produtos de maior valor agregado.
Dilma evitou abordar publicamente a questão da excessiva desvalorização da moeda chinesa, o que prejudica os exportadores brasileiros e de outros países. Mas ela obteve uma série de acordos empresariais que sinalizam que a China está sensível às preocupações brasileiras com o desequilíbrio nas relações.
"A agenda com a China parece muito mais promissora do que com os Estados Unidos", disse André Nassar, diretor da consultoria comercial Ícone, de São Paulo.
A visita de Obama ao Brasil, no mês passado, destinava-se em parte a aproveitar a postura mais crítica de Dilma com a China, cuja crescente influência no Brasil e no resto da América Latina afetou o tradicional domínio econômico dos EUA na região.
Mas Obama deixou poucas promessas concretas no país, especialmente em comparação à China, que no ano passado investiu cerca de 17 bilhões de dólares no Brasil, em setores que incluem petróleo e indústrias.
Segundo analistas, Dilma tem adotado uma política externa mais pragmática do que a do seu antecessor e padrinho político, Luiz Inácio Lula da Silva. Essa impressão foi reforçada com o fato de ela ter trazido da China promessas de investimentos bilionários, em áreas tão variadas quanto pesquisa e desenvolvimento ou alimentos industrializados.
COMBINANDO PALAVRAS E DINHEIRO
A empresa taiwanesa Foxconn, que tem forte presença na China continental, prevê fazer um investimento maciço numa fábrica de aparelhos eletrônicos no Brasil --o que é o tipo de setor que o governo Dilma gostaria de estimular, por gerar muitos empregos.
Paralelamente, a Embraer assegurou uma encomenda de até 1,4 bilhão de dólares para seu jato de porte médio E-190, além da autorização para montar o jato Legacy na China.
Após anos de negligência, os canais de comunicação de alto nível entre os dois governos foram retomados, permitindo que diferenças sejam resolvidas mais rapidamente, disse à Reuters o chanceler brasileiro, Antonio Patriota.
"(A visita) superou as expectativas, acho que eles realmente compreenderam e abordaram as preocupações do Brasil", afirmou.
O regime comunista chinês não enfrenta as restrições parlamentares nas quais o governo Obama esbarra para oferecer concessões comerciais ao Brasil, e Pequim também parece demonstrar mais interesse que Washington pelo gigante sul-americano, que é crucial para oferecer alimentos e metais ao mercado chinês, segundo Nassar.
"O Brasil lhes oferece segurança alimentar. Eles desejam e precisam desta relação para funcionar."
Em um sinal de que o Brasil permanecerá na tela do radar de Pequim nos próximos meses, o ministro de Comércio da China, Chen Deming, vai comandar no segundo semestre uma delegação comercial que virá ao Brasil consolidar possíveis negócios.
Isso inclui o interesse chinês no trem-bala Rio-São Paulo, um projeto de 21 bilhões de dólares, e também uma linha de crédito que a Petrobras está negociando com bancos chineses.
Em troca desses investimentos, o Brasil concordou em acelerar o seu reconhecimento da China como uma economia de mercado, o que poderia dificultar a aplicação de tarifas antidumping sobre importações.
Apesar de ambos os lados prometerem valorizar o comércio de produtos com alto valor agregado, os brasileiros dizem que ainda restam barreiras tarifárias sobre vários em produtos, como aço, frango e soja processada.
"Eu não acho que eles estavam simplesmente tentando ser bonzinhos, mas veremos nos próximos meses se eles cumprem suas promessas", disse o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, que participou das reuniões de Dilma na China.
A presidente evitou a questão do iuan excessivamente desvalorizado, dizendo que o melhor fórum para tratar disso seria o G20 (grupo de grandes economias desenvolvidas e emergentes).
O desequilíbrio cambial, intensificado pela forte valorização do real, estimula uma onda de importação de produtos chineses como eletrodomésticos e veículos, e contribui para piorar ainda mais a balança comercial brasileira.
A questão do contrabando de produtos chineses, outro problema que assusta os industriais brasileiros, tampouco foi discutida durante a visita de Dilma a Pequim. Autoridades alfandegárias dizem que muitas embarcações atracam nos portos brasileiros trazendo cargas chinesas com documentos adulterados, o que reduz seu preço e sua qualidade.
"Resta muita coisa por fazer. Eles vão precisar de muito mais cúpulas para construir uma confiança e realmente destravar o potencial desta relação", disse Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior.
 

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